Poderá supor-se que Moçambique e Compª recebem estas dádivas com um entusiasmo — extremamente sublinhado. Não! As possessões de África estão contentes.
Há-de vir tempo mesmo em que quem quiser em Moçambique ou em Angola um criado, um amigo ou um noivo — esperará a remessa dos facínoras.
Os comerciantes irão dizendo, com ar pensativo:
— Isto vai mal! Não há caixeiros de confiança! Os ladrões desta vez tardam!
E um sujeito será assim apresentado numa casa particular:
— O Sr. Fulaninho, que teve a honra o ano passado de assassinar seu próprio pai, como demonstra...
— Oh! muito gosto em conhecer...
— E a Srª Fulana, ladra muito conhecida na sociedade da Boa Hora.
— Então? tem a bondade de se sentar!
E com estas generosidades que o Governo responde vitoriosamente àqueles que vão, em falsas vozes, afirmando:
Que o País despreza as colónias; que elas estão abandonadas a uma frouxa iniciativa particular, sem estímulo, sem protecção, sem tranquilidade; que a energia individual só pode ser fecunda num país