XXXII
Setembro 1871.
Treguas por um instante n'esta aspera fusilaria! N'uma pagina á parte, tranquilla e meiga, pomos a lembrança de Julio Diniz. Que as pessoas delicadas se recolham um momento, pensem n'elle, na sua obra gentil e facil, que deu tanto encanto, e que merece algum amor. Tal é o nosso mal, que este espirito ex- cellente não ficou popular: a nossa memoria, fugitiva como a agua, só retem aquelles que vivem ruidosa- mente, com um relêvo forte: Julio Diniz viveu de leve, escreveu de leve, morreu de leve.
Um só livro seu, um romance, fez palpitar fortemente as curiosidades simpáticas —
As Pupilas do Sr. Reitor. Esse livro fresco, quase idílico, aberto sobre largos fundos de verdura, habitado por criações delicadas e vivas — surpreendeu. Era um livro real, aparecendo no meio de uma literatura artificial, com uma simplicidade verdadeira, como uma paisagem de Cláudio Loreno entre grossas telas mitoló