000 réis.
Como se diria na Bíblia, o escândalo veio pelos fariseus!
Pois bem, para este contrato, nós só temos bênçãos e flores. E a plebe irreflectida pode ladrar em vão!
Ouvi cá, homens de estreita fé! Se o Sr. Sena Freitas se tivesse decidido espontaneamente, gratuitamente, a escrever a história dos Açores, que garantia dava ele de fazer um trabalho de poderosa crítica? Que garantia dava de compor mesmo um livro minucioso, erudito, cheio de factos, beneditino? O Sr. Freitas dava apenas a garantia do seu espírito. Mas ai! o espírito dormita, sofre obscurecimentos, caduca — e aí ficava estragada a história dos nossos bem-amados Açores.
Ouvi mais! Se o Sr. Sena Freitas tivesse sido encarregado por este decreto:
«Manda el-Rei que o Sr. Sena Freitas seja um grande historiador...»que garantias dava o
Sr. Sena Freitas de que havia de criar uma obra original e profunda? O Sr. Freitas dava só a garantia da sua obediência ao seu Rei. Mas ai! ai! a obediência aos reis pode fazer concessões — ou piruetas. Que amanhã, quod Deus avertat, se proclamasse a República
— e vós ficaríeis sem história e sem Freitas, ó Açores.
E agora respondei! Preso por um contrato, ligado