e S. Exª se atrevesse a não ser um grande historiador! Em Portugal há tribunais.
Nós seguiremos o trabalho de S. Exª, página por página, e quando S. Exª não for admirável, como crítica, como ciência, como forma, requeremos à Boa Hora: — «Que, em virtude do contrato de tantos de tal, seja o Sr. Sena Freitas citado para, no prazo de vinte e quatro horas, ser sublime a páginas tantas da sua obra sobre os Açores!»
O contrato não foi escrito e registado para que os Açores tenham um historiador medíocre!
Sobre o Sr. Sena Freitas pesa desde hoje a responsabilidade de ser sublime. S. Exª
é um rapaz inteligente e espirituoso. Não basta, tem de ser um grande homem!
Contratou para isso, tem de o ser! Cara alegre e espírito desafogado! É para ali!
Ah! queria talvez ganhar 600$000 réis e não ter o trabalho de ser um historiador como Michelet! Há-de sê-lo! Já não lhe é permitida a obscuridade, nem a mediocridade!
Queira ou não, tem forçosamente de ser um génio! Nem uma só vez mais na vida lhe é concedido o doce desafogo de não ter gramática! Há-de ser maior que Guizot, arranje as coisas como quiser! E se recuar, se se eximir, se hesitar, a Boa Hora lá está que, de contrato em punho, e brandindo as contas do processo, o obrigará à força — a ser um homem imortal!