hostilidades, nada as dissipa: nem as promiscuidades inevitáveis da caserna, nem os rigores igualitários da disciplina. De sorte que o exército, formado destes elementos antipáticos, que se não unem, que se amaldiçoam, e onde apenas há o contacto material dos ombros na fileira — não tem unidade nem coesão.
Além disto, todas as castas têm hábitos fatais, horas impreteríveis. Está o soldado gentio de guarda: se chega a hora do seu arroz, e não lho trazem — ele pousa tranquilamente a espingarda, cruza as mãos atrás das costas, e vai ao quartel ladrar contra o rancheiro; se chega a hora da ablução, atira a arma para um canto, e corre, aos pulos, a acocorar-se à beira do mar! E não há severidades, não há castigos, que alterem estes hábitos orientalmente fatais.
A oficialidade deste exército compõe-se pela maior parte de portugueses nascidos na índia — mestiços, castiços ou descendentes. São os filhos de antigos degredados, de velhos bastardos da fidalguia indiana, de oficiais expedicionários, etc. Além destes oficiais nativos — há os oficiais europeus, mandados do continente, os expedicionários.
Estes, por altos motivos que só os grandes homens de Estado como o Sr. Barros e
Cunha podem saber, têm um soldo maior que os oficiais índios. Ora os oficiais índios,