que exportam a 5 para importar a 8; a única indústria, fazer olas, que são os encanastrados de palmeira com que se erguem os pacaris, alpendres coloridos e frescos que sombreiam as janelas; não existe nenhum comércio; os tributos esmagam; dois ou três homens ricos, Jossy e mais dois, que se vêem nos patins, descalços e encruzados, comendo o seu arroz com a mão, têm o dinheiro enterrado, e quando se lhes garante um forte juro, cavam e emprestam; as escolas são uma ficção grotesca; as estradas são a espessura do mato; a higiene é feita pelos cães que lambem as imundícies na rua; a polícia é feita por cada um com o seu bambu; uma intriga sórdida e rastejante agita indígenas e europeus; o deboche tem o ardor do clima; os soldados embebedam-se com aguardente; e no entanto velhos pardieiros, que se esboroam às mordeduras do sol, esconderijos de corvos, lembram as nossas glórias e alastram o chão de caliça. Tal é a índia Portuguesa.
Noutro número das Farpas lembrámos, a respeito das colónias, este grande melhoramento — vendê-las! Ocorre-nos outro ainda maior a respeito da índia — dá-la!
E quanto a glórias nacionais, contentemo-nos com o barítono Lisboa e com o Sr.
Arrobas — e é já glória bastante!