O Clamor do Povo pinta, com grande sensibilidade, a Srª condessa de Teba usando, depois de destronada, uma coroa de espinhos. Não vimos.
S. Exª, quando passou em Lisboa, levava apenas um elegante chapéu branco, evidentemente saído dos ateliers de madama Julie, em Bond-Street.
O Clamor do Povo, num artigo traçado com uma generosidade apaixonada e poética, censura às Farpas algumas páginas irónicas sobrea Srª condessa de Teba, imperatriz que foi dos Franceses da decadência.
Diz o Clamor que se não deve motejar uma senhora que não tem quem a defenda.
Oh! meu Deus, os jornais franceses dizem justamente o contrário — queixam-se de que a
Srª condessa de Teba tem quem a defenda de mais! A França, ao que parece, ferve em partidários bonapartistas. E de resto não tem ela seu marido? Não nos eximiremos a trocar com Luís Bonaparte uma estocada ou uma bala no alto de Alcolena, ou no Poço do Bispo, ao alvorecer do dia! O perigo está em que esse homem, pelo hábito, capitule.
O Clamor do Povo fez, de resto, um artigo eloquente, cheio dos mais cavalheirescos sentimentos, das imagens mais floridas, bela página poética, que tem apenas o defeito de que um trovador a poderia assinar.
N. B. — O Clamor do Povo alude às relações dos redactores das Farpas com o segundo império francês. Esclareçamos: