Um dos redactores das Farpas, achando-se em Paris, e almoçando em casa de
Véfour com o seu amigo II. James Mortimer, o mesmo que em Londres está redigindo hoje uma folha bonapartista, teve ocasião de oferecer ao imperador, por intermédio deste amigo comum, uma garrafa do mesmo vinho do Porto que o jornalista americano e o jornalista português tinham bebido juntos. O vinho foi achado delicioso nas
Tulherias: e, passados dias, aquele que devia ser depois o prisioneiro de Wilhelmshöe, fez entregar por M. de Conti, écuyer, um bilhete de visita ao que é agora redactor das
Farpas. Uma garrafa dada, um bilhete agradecendo. O redactor das Farpas julga-se quite com o segundo império.
O outro redactor desta crónica, estando no Egipto, teve ocasião de esperar a que era então S. M. a imperatriz dos Franceses, durante duas horas, no cais de Porto Said, sob um sol candente, até que S. M., desembarcando toda vestida de linho branco, com a sombra azulada da sua ombrelle chinesa ondeando-lhe sobre o colo, tomasse com aquele firme andar que fazia lembrar Diana, em Homero, a dianteira de um cortejo em que o redactor das Farpas se achava obscuramente incorporado.
Duas horas de sol, num areal do Egipto! Em redor, apertados no estreito cais de madeira, suavam