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Página:Uma campanha alegre v1 (1890).pdf/344

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as da humidade, fatos de paninho remendado, um papelão apodrecido, uma miséria que os apaga e os apelintra — não podem atrair. Portanto estes teatros arrastam uma vida difícil.

A Trindade encetou a ópera cómica. Mas naturalmente, com a legítima urgência do ganho, começou pelos melhores autores da escola francesa — Offenbach, Hervé,Lecoq, etc. Fatigou este repertório galante, espremeu a quantidade de libras que ele continha — e, como as óperas cómicas não se parecem com as ostras, que quanto mais se procuram mais abundam, sucede que a Trindade está nas condições de um preso que devorou a sua ração. A Trindade não tem que dar a um público enfastiado que pede música acessível, e facilmente gorjeada. Precisa recorrer a zarzuelas que não oferecem a cintilação alegre da verve francesa, se apresentam com ambições de arte italiana, e descontentam. Além disso o repertório estrangeiro é feito pelas boas vozes, educadas, criadas nos conservatórios, formadas pelo gosto e pela tradição dos teatros especiais. De sorte que a Trindade necessita escolher operetas que possam facilmente atravessar as estreitas gargantas nacionais; e no vasto repertório estrangeiro tem de preferir as operetas fáceis, as «de meia garganta)), as operetas constipadas. Fica assim reduzido o número a cinco ou seis imbróglios espanhóis,