dos seus protestos ortodoxos mostra-se inimiga do catolicismo — por consequência inimiga do cristianismo, porque o catolicismo é a expressão mais lógica do cristianismo — por consequência inimiga da religião, porque o cristianismo é a expressão mais lógica do conceito religioso.
E aqui temos, num país católico, os ilustres senhores deputados, em pleno parlamento. fazendo profissão de ateísmo!
De resto a pastoral de S. E. R. é um documento deplorável.
Se fosse um protesto católico, a condenação pura e simples da filosofia e da razão, uma pequena encíclica para uso nacional, uma defesa do temporal intransigivelmente posta — aplaudiríamos a pastoral. Seria um documento lógico.
Mas não! a pastoral é uma espécie de artigo de fundo molhado em água benta, o que quer que seja de beato e de lacrimoso, panfleto de sacristia sem critério, sem lógica, sem ciência, sem ortodoxia, com um cheiro a opa e a feno seco, começando por dirigir apóstrofes à arca de Noé e terminando por pedir esmolas para o Papa.
Esmolas! Esmolas! O papado quando tinha Roma, apresentava o estranho caso de um estado fundado unicamente sobre a mendicidade. Roma vivia