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Passa em seguida aos trabalhos de Hércules. Narra durante dez minutos a fábula de Oxilus. Fala na Eólia, na Etólia, e no Peloponeso. Menciona Júpiter, no Olimpo, sentado no seu trono coruscante (textual). Trata dos sacerdotes egípcios, dos ídolos, do cão Anúbis, e da esfinge, que segundo ele, era um deus com cabeça de gato (parece incrível mas é textual!) Logo adiante cita as portas da Aurora. A propósito da sua alma brada:

«Malheur à qui sonda les abimes de l’âme!»

Depois ocupa-se da maneira de conceber das aranhas. Aponta por essa ocasião

Saturno, um pouco mais abaixo Isócrates. Alude às hidras. Desenrola uma história imensa das Confissões de Santo Agostinho. Discursa ainda sobre Sião e Babilónia, e senta-se! Tudo isto a propósito do sr. marquês de Ávila e da comissão de fazenda.

A Câmara não tem seriedade. Quem não viu uma sessão? O sussurro, o barulho, a confusão são perpétuos. Vota-se sem saber o que se discutiu, e continua-se a conversar.

As questões pessoais estão constantemente na ordem do dia. Voam os desmentidos.

Fervilham as injúrias. Nos momentos mais serenos é a graçola e a troça. E das galerias o público assiste, ora indignado ora divertido, ao espectáculo sem igual.