foros populares? Quem como o condestável manteria a independência da Pátria? — À urna, cidadãos!
Podem apenas pôr-nos uma objecção — pequena por si, mas que talvez influa nos
ânimos timoratos: é que o doutor e o condestável morreram há quatro séculos!
Pois bem! nós afirmamos que esse detalhe nada importa, porque eles se acham em identidade de circunstâncias com a grande parte dos candidatos que se apresentam por esses círculos, de Norte a Sul do País! Todos esses beneméritos estão na realidade tão mortos como João das Regras, e como D. Nuno Alvares Pereira!
Debalde passeiam! Debalde falam! Estão mortos. Viver para sentir fisicamente é simples — basta que os pulmões respirem, que o sangue circule, que o alimento se digira.
Mas viver para legislar e pensar é mais complexo — é necessário que a inteligência e a consciência estejam em vigor, trabalhando. Ora grande parte dos senhores candidatos têm aquela porção do seu ser tão morta como o Dr. Regras, ou o condestável Pereira.
Com efeito, no sentido de legislar, organizar, e dirigir um país — viver é ser do seu tempo, estar no seu momento histórico, ajudar a criação social do seu século, sentir a comunhão das ideias novas. Ser democrata de 20, ou carlista de 36, ou cabralista de 45,