Página:Uma tragédia no Amazonas.djvu/13

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Natural de Pernambuco era Eustáquio um homem enérgico, inteligente e talvez ilustrado; quanto ao físico era, como se usa dizer, nem alto nem baixo, musculoso e forte possuindo uma constituição moldada aos mais ardentes climas.

O seu rosto moreno velava, em parte, uma barba negra e cerrada como os supercílios que sombreavam dois olhos brilhantes.

Tinha alguma fortuna, o que era por todos ignorado.

Branca, sua consorte, havia pouco mais de dois anos, nascera em Manaus e tendo ido completar a educação em Pernambuco de lá voltara com Eustáquio, que a desposara, levado pelos seus dotes físicos e morais.

Desembarcando na cidade do seu nascimento soubera Branca que daí partira o seu pai para S. João do Príncipe, o que motivou a viagem que fez ela para essa povoação.

Achava-se o velho sogro de Eustáquio habitando uma casinhola, que foi a moradia deste, até findar-se a construção dessa casa mais confortável de que acima falamos.

Poucos meses sobreviveu o velho à sua nova instalação, lançando o seu falecimento o luto no domicílio de Eustáquio.

Havia o limiar de Branca sido franqueado a um entezinho nascido na penúria e para quem muito cruel se mostrara a Providência. Era Rosalina, que assim viera adicionar um membro á pequena família do subdelegado.

Formosa como a flor, essa criança mostrou-se grata aos seus protetores, revelando em todos os movimentos uma alegria