Página:Uma tragédia no Amazonas.djvu/45

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Estava-se a 14 de setembro de 186...

Reinava imensa alegria em casa de Eustáquio.

Branca dera à luz oito dias antes, isto é na véspera da maior festa nacional do Brasil, o aniversário da sua independência do jugo português, uma criancinha bela como um cupido que, passando de mão em mão, recebia afagos de toda a sorte da família inteira, sem excetuar uma mocinha de S. João do Príncipe, dedicada e constante veladora da esposa do ex-subdelegado, durante os incômodos que precederam o parto.

Por todos esses dias a família se entregara exclusivamente ao prazer e também no povoado todos estavam contentes.

Durante a noite, melodias campestres se elevavam das habitações da vila, cujas cúpulas de palha, servindo de pedestal a um mocho sombrio, brilhavam docemente aos ósculos luminosos do luar.

Lá dentro, entre suas pobres paredes de barro, mãos de rústico, lassas do ferro agrícola, tiravam das cordas de uma viola acordes cadenciados, de um encanto que só pode avaliar quem