Página:Uma tragédia no Amazonas.djvu/79

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Era simples o que se tinha passado. Os presos, logo que perceberam que ninguém os vigiava, trataram da evasão. A solidez das paredes e portas, em que confiara o sub-delegado, havia de zombar de seus esforços, caso quisessem arrombá-las, só o teto de palha oferecia-lhes possível saída. Uma circunstância opunha-se, todavia, à fuga dos negros por esse lugar. O teto era alto. Lembraram-se eles, porém, de fazer de uma escada para alcançarem os outros as vigas em que descansava a palha. Assim fizeram. Sobre os ombros de um negro vigoroso trepou um crioulo. Com uma das mãos segurou-se a uma viga, com a outra afastou a palha, fazendo no teto uma abertura, por onde enfiou a cabeça. Ainda não rompia a madrugada. Os arredores da casa estavam desertos. Era a hora da fuga. O crioulo deixou-se escorregar pela face exterior da parede e saltou no chão. Depois dele os seus seis companheiros saíram também,