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O comprador de fazendas



EIOR fazenda que a do Espigão, nenhuma. Já arruinára tres donos, o que fazia dizer aos praguentos : Espiga é que aquillo é. O detentor ultimo, um David Moreira de Souza, arrematára-a em praça, convicto de negocio da China, mas lá andava, tambem elle, escalavrado de dividas, coçando a cabeça n’um desanimo...

Os cafesaes em vara, anno sin, anno não, batidos de saraiva ou esturrados pela geada negra, nunca deram de si colheita de entupir tulha.

Os pastos ensapesados, enguanxumados, ersamambaiados nos topes, eram acampamentos de cupins com entremeios de macegas mortiças, formigantes de carrapato ; boi entraido ali punha-se logo de costellas á mostra, encaroçado de bernes, triste e dolorido de metter dó.

As capoeiras substitutas das matlas nativas, revelavam pela indiscreção das tabocas a mais safada das terras seccas. Em tal solo a rama bracejava a medo varetinhas nodosas : a canna cayenna assum aspecto de canninha, e esta virava uns taquariços magrelas que passavam incolumes por entre os cylindros moedores.

Piolhavam os cavallos. Os porcos escapos