ERNESTO – Meu tio, é impossível, moralmente impossível... TEIXEIRA – Tá, tá, tá! Não me entendo com os teus palavrões de Academia. Eu cá sou homem do pão, pão, queijo, queijo: disse que não irás e está dito. JÚLIA – Muito bem, papai. (A ERNESTO) Não tem remédio senão ficar. D. MARIANA – E não se há de arrepender. ERNESTO – Meu tio, previno-lhe que se me obriga a ficar nesta terra, suicido-me. JÚLIA – Ah! Ernesto! D. MARIANA – Que rapaz cabeçudo! TEIXEIRA – Fumaças! Não façam caso. ERNESTO – Ou me suicido, ou mato o primeiro maçante que vier importunar-me. TEIXEIRA – Lá isto é negócio entre ti e a polícia. (Tira o relógio.) Quase três
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