o pagamento de uma dívida; mas não deve fugir de seu credor. ERNESTO – Quis a princípio falar a meu tio, mas tive vergonha de tocar nisso; resolvi-me recorrer a ti. HENRIQUE – Em quanto importam essas dívidas? ERNESTO – Não chegam a cem mil-réis. HENRIQUE – Ora! uma bagatela. (Abre a carteira) Aqui tens. ERNESTO – Obrigado, Henrique, não fazes ideia do serviço que me prestas! Vou passar-te um recibo ou um vale... HENRIQUE – Que lembrança, Ernesto! Não sou negociante; tiro-te de um pequeno embaraço; quando puderes me pagarás. Não há necessidade de papel e tinta em negócios de amizade. ERNESTO – A tua confiança ainda mais me penhora. Entretanto mesmo para tranquilidade minha desejava... HENRIQUE – Não falemos mais nisso. Quando embarcas? ERNESTO – Hoje; daqui a duas horas.
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