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Esta palavra é muito usada nos nossos estabelecimentos de Guyana. Vê-se estampas de ajoupas em Barrére.


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Em 1542 a fóz do grande rio foi explorada por Aphonso de Xaintongeois. (Vide o Manuscripto original de sua viagem na Bibliotheca Imperial de Pariz.)

João Mocquet, cirurgião francez, guarda das curiosidades de Henrique IV, visitou suas praias. (Vide o Manuscripto do seo Relatorio na Bibliotheca de Santa Genoveva.)

Finalmente la Ravardiere fez até lá um reconhecimento.

João Mocquet foi muito explicito quando tratou do mytho das Amasonas, que tanto occupou Condamine e o illustre Humboldt. Tudo quanto elle referio d’estas guerreiras soube do chefe Anacaiury, cujo personagem, ou seo homonymo, encontra-se nas obras de Ivo d’Evreux.

Governava uma nação no Oyapok ou do Yapoco.

Mocquet disse a seos leitores, que não poude visitar, como desejava, o Amasonas «por serem violentas as correntes para os navios, e mesmo para o seo patacho que ja fazia muita agoa.»

Todas estas narrações a respeito do grande rio deixou em França impressões tão duradouras, que o Conde de Pagan, quarenta annos depois, convidou a Mararin a reerguer projectos esquecidos. Para a conquista da Amasonia elle queria união com os indios, e por sua vontade devia o Cardeal ligar-se «aos illustres Homagues (Omaguas) aos generosos Yorimanes e aos valentes Tupinambás.» Nunca certamente os selvagens receberam tão pomposos nomes!

Seria mui curiosa, si se achasse, a narração da expedição pelas margens do Amasonas em 1613, feita por ordem de la Ravardiere e ainda no tempo de Luiz XIII existia uma copia.