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(Vide Voyage dans les provinces do Rio de Janeiro e de Minas Geraes. T. 2.º, pag. 371 e seguintes.)

78 (pag. 176).

Não ha talvez no mundo região alguma, que tenha maior variedade de macacos do que o Brazil.

Creio que aqui se trata primeiro da guariba, ou mycetes ursinus, e depois do macaquinho stentor, que intentou descrevêr o nosso bom Missionario.

É provavelmente d’esta especie a descripção tão agradavel e tão animada, feita pelo nosso velho escriptor.

Convem observar porem que o Padre Ivo fez-se echo de uma crença popular muito vulgar no seculo XVI.

Esta especie de legenda das florestas, muito mais applicavel aos macacos da Africa e da Asia do que aos do novo-mundo, não se extinguio ainda de todo nos campos da America Meridional, e mostraram a M. Castelnau uma india, que julgava ter escolhido seo marido entre os macacos das florestas (Vide Expedition dans les parties centrales de l’Amérique du sud, de Rio de Janeiro á Lima et de Lima au Pará, exécutée par ordre du governement français. Paris 1851, partie historique. 5 vol. in 8.º)

79 (pag. 177).

Basta ter-se vivido nas florestas habitadas por macacos para conhecer-se a exactidão do que escreveo o Padre Ivo.

80 (pag. 180).

Ha aqui com certesa erro, ou então exageração.

O Padre Claudio d’Abbeville, que descreve a mesma ave de rapina (pag. 232) julga ser elle «duas vezes mais corpolento do que a aguia, ter a perna da grossura de um braço, e a pata em fórma de unhada.»