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Como os Piayes, Pagé, Pagy, Boyés ou Piaches (por todos estes nomes são conhecidos) cuidam de curar feridas e molestias.

O padre Ivo, como se verá adiante, os compára por despreso aos barbeiros, mas entenda-se, aos barbeiros das aldeias.

Este capitulo é por certo um dos mais curiosos do livro, e deve ser com todo o cuidado comparado com o que escreveo Simão de Vasconcellos, (Chronica da Companhia de Jesus, in fol.) e com todas as Memorias publicadas pelo Instituto Historico do Rio de Janeiro sobre a religião primitiva dos indigenas, achando-se ahi bem claramente definidos os attributos de Jeropary.

É na verdade para sentir-se a falta de uma folha, porque nos trouxe a perda de preciosos documentos de homens praticos e habeis, que entre si conservavam as tradicções.

101 (pag. 264).

No tempo d’esta narração eram ainda os morcegos classificados como passaros.

O que aqui diz o nosso viajante sobre os vampyros não é exageração.

Consulte-se a este respeito Ch. Watterten (Excursions dans l’Amerique meridionale, p. 15 e 389.)

Este sabio naturalista descreveo com minucioso cuidado o genero da ferida, que produz o morcego americano nas pessoas, que dormem. Matou um vampyro, que tinha 32 pollegadas de extensão de azas abertas. Em geral são muito menores.

102 (pag. 268).

Entre os antigos viajantes do seculo XVII é Ivo d’Evreux o unico, como notamos, que menciona entre os Tupinambás