Sirva isto d’instrucção aos meninos, cumprindo a Lei de Deos, que manda honrar Pae e Mãe, isto é, amar e respeitar, e de advertencia aos catholicos para ficarem firmes e unidos no seio da Igreja, sua Mãe, d’onde perseguição alguma as possa arrancar, amando todos os bons francezes, seo Rei e sua Patria.
São apanhados estes peixes-bois nos pastos, ou nas hervas que crescem nas praias.
Vão os selvagens remando mansamente suas canôas por detraz d’ellas, atiram-lhe duas ou tres setas, e apenas mortas são puxadas para terra, retalhadas e salgadas.
Coisa igual acontece aos glutões, que no meio dos banquetes são surprehendidos e n’um instante lá vão para o inferno.
Encontra-se o sal necessario ás commodidades da vida, na distancia de 40 legoas da Ilha, em terrenos arenosos, onde se mostra naturalmente, em forma de gelo, duro e luzente como cristal, por occasião do fluxo e refluxo do mar, e quando este se retira o sol o cresta e é melhor que o sal de França e de Hespanha.
È necessario apanhal-o antes da estação das chuvas para que ellas lavem o lugar onde elle estava.
Chegado a este ponto, dispersou-se uma parte dos francezes pelas aldeias, conforme o costume do paiz, que é ter Chetuasaps, isto é, hospedes ou compadres, aos quaes por pagamento se dava generos em vez de dinheiro.
Esta hospitalidade ou compadresco é entre elles muito intima, porque estimam seos hospedes, como se fossem seos proprios filhos, vão caçar e pescar para elles e conforme o seo costume entregam-lhes as filhas, que desde então se chamam Maria, e tem por sobrenome o do Francez a quem se ligam, de sorte que dizendo-se Maria de tal sabe-se logo de quem é concubina.
Com certesa não sei porque dão este nome ás concubinas: mostrei um certo dia a um selvagem um registro da Mãe de Deos, e lhe disse Koai Tupan Marie, «eis a Mãe de Deos,»