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O que póde viver assim, vive para fazer mal ou para não fazer nada.

Ora o que não ama, que não ama apaixonadamente, seu filho se o tem, sua mãe se a conserva, ou a mulher que prefere a todas, esse homem é o tal, e Deus me livre d’elle.

Sôbretudo que não escreva: hade ser um massador terrivel. Talvez seja este o motivo da indefinida permissão que é dada aos poetas de andarem namorados sempre.

O romancista gosa do mesmo fôro e tem as mesmas obrigações. É como o privilegio de desimbargador que tiravam d’antes os fidalgos, quando ser desimbargador valia alguma coisa... e tanta coisa!

Como heide eu então, eu que n’esta grave Odyssea das minhas viagens tenho de inserir o mais interessante e mysterioso episodio d’amor que ainda foi contado ou cantado, como heide eu fazê-lo, eu que ja não tenho que amar n’este mundo senão uma saudade e uma esperança — um filho no berço e uma mulher na cova?..