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que escreve ella, o que discute, que príncipios
tem, que doutrinas professa, quem sabe ou ouve
d’ella senão algum echo timido e acanhado
do que n’outra parte se faz ou diz?
Onde estão as academias?
Que palavra poderosa retine nos pulpitos?
Onde está a fôrça da tribuna? Que poeta canta tam alto que o oiçam as pedras brutas e os robres duros d’esta selva materialista a que os utilitarios nos reduziram?
Se exceptuarmos o debil clamor da imprensa liberal ja meio-esganada da policia, não se ouve no vasto silencio d’este ermo senão a voz dos barões gritando contos de réis.
Dez contos de réis por um eleitor!
Mais duzentos contos pelo tabaco!
Três mil contos para a conversão de um amphigouri!