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inimigos declarados do seu nome, os destruidores de seus altares, os profanadores de seus templos... Oh! que dia bello e grande não hade ser esse, quando Carlos... o seu Carlos, vier expulsar, ás baionetadas, do pobre convento de San'Francisco, o velho guardião — que lhe não hade fugir, minha irman!.. d’elle menos que de nenhum outro... que ajoelhado deante do altar inclinará a cabeça como os antigos martyres para cahir na presença do seu Deus ás mãos do seu...’

— 'Diniz!.. Padre!.. Padre Frei Diniz, que horrorosas palavras sahem da sua bôcca!.. Meu neto, o meu Carlos não é capaz... oh meu Deus!..'

— 'Seu neto detesta-me... e tem... tem razão.'

— 'Não sabe a verdade elle... Carlos está inganado, cuida... não sabe senão meia verdade: e eu, eu heide — custe o que me custar — eu heide...'

— 'Hade o quê?'

— 'Heide desinganá-lo, heide-lhe dizer a verdade