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’Mas o viço do prado, a frescura e animação do bosque, a fluctuação e a transparencia do mar...

’Tudo está n’aquelles olhos verdes.

’Joanninha, porque tens tu os olhos verdes?

’Nos olhos azues de Georgina arde, em sereno e modesto brilho, a luz tranquilla de um amor provado, seguro, que deu quanto havia de dar, quanto tinha que dar.

’Os olhos azues de Georgina não dizem senão uma so phrase d’amor, sempre a mesma e sempre bella: Amo-te, sou tua!

’Nos olhos negros e inquietos de Soledade nunca li mais que éstas palavras: Ama-me, que es meu!

’Os olhos de Joanninha são um livro immenso, escripto em characteres moveis, cujas combinações infinitas excedem a minha comprehensão.

’Que querem dizer os teus olhos, Joanninha?

’Que lingua fallam eles?