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INDICE.

 
Capitulo I. — De como o auctor d’este erudito livro se resolveu a viajar na sua terra, depois de ter viajado no seu quarto; e como resolveu immortalizar-se escrevendo éstas suas viagens. Parte para Santarem. Chega ao Terreiro do Paço; imbarca no vapor de Villa-Nova; e o que ahi lhe succede. A Deducção-Chronologica e a baixa de Lisboa. Lord Byron e um bom charuto. Travam-se de razões os ilhavos e os bordas-d’agua, e os da calça larga levam a melhor. 
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Capitulo II. — Declaram-se typicas, symbolicas e mythicas éstas viagens. Faz o A. modestamente o seu proprio elogio. Da marcha da civilização; e mostra-se como ella é dirigida pelo cavalleiro da Mancha, D. Quixote e por seu escudeiro, Sancho Pança. — Chegada a Villa-Nova-da-Rainha. Supplicio de Tantalo. — A virtude galardão de si mesma; e sophisma de Jeremias-Bentham. — Azambuja. 
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Capitulo III. — Acha-se desappontado o leitor com a prosaica sinceridade do A. d’estas viagens. — O que devia ser uma estalagem n’estas nossas eras de litteratura romantica? — Suspende-se o exame d’esta grave questão para tractar, em prosa e verso, um muito difficil ponto de economia-politica e de moral social. — Quantas almas é preciso dar ao diabo, e quantos corpos se teem de intregar no cemiterio para fazer um ricco n’este mundo. — Como se veio a descobrir que a sciencia d’este seculo era uma grandecissima tola. — Rei de facto, e rei de direito. — Belleza e mentira não cabem n’um sacco. — Põe-se o A. a caminho para o pinhal da Azambuja. 
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