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Capitulo XIII. — Dos frades em geral. — O frade moralmente considerado, socialmente e artisticamente. — Próva-se que é muito mais poetico o frade do que o barão. — Outra vez D. Quixote e Sancho Pansa. — Do que seja o barão, sua clasificação e descripção linneana. — Historia do castello do Chucherumello. — Erro palmar de Eugenio Sue: mostra-se que os jesuitas não são a cholera-morbus, e que é preciso refazer o ’Judeu errante’ — De como o frade não intendeu o nosso seculo nem o nosso seculo ao frade. — De como o barão ficou em logar do frade, e do muito que n’isso perdémos. — Unica voz que se ouve no actual deserto da sociedade: os barões a gritar contos de réis. — Como se contam e como se pagam os taes contos. — Predilecção artistica do A. pelo frade: confessa-se e explica-se ésta predilecção. 
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Capitulo XIV. — Emendado emfim de suas distracções e divagações, prosegue o A. direitamente com a historia promettida. — De como Fr. Diniz deu a manga a beijar a avó e á neta, e do mais que entre elles se passou. — Ralha o frade com a velha, e começa a descubrir-se onde a historia vai ter. 
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Capitulo XV. — Retrato de um frade franciscano que não foi para o depósito da Terra-sancta, nem consta que esteja na Academia das Bellas-Artes. — Ve-se que a logica de Fr. Diniz se não parecia nada com a de Condillac. — Suas opiniões sôbre o liberalismo e os liberaes. — Que o podêr vem de Deus, mas como e paraquê. — Que os liberaes não intendem o que é liberdade e egualdade; e o para que eram os frades, se fossem. — Próva-se, pelo texto, que o homem não vive so de pão, e pergunta-se o de que vivia então Fr. Diniz. 
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