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ser. Porque não? É pôr-lhe lá um Chourineur a amolar um facão de palmo e meio para espatifar rez e homem, quanto incontrar, — uma Fleur-de-Marie para dizer e fazer pieguices com uma rozeirinha pequenina, bonitinha, que morreu, coitadinha! — e um principe allemão incoberto, forte no sôcco britannico, immenso em libras sterlinas, profundo em gyria de cegos e ladrões... e ahi fica a Azambuja com uma estalagem que não tem que invejar á mais pintada e da moda n’este seculo elegante, delicado, verdadeiro, natural!

É como eu devia fazer a descripção: bem o sei. Mas ha um impedimento fatal, invencivel — egual ao d’aquella famosa salva que se não deu... é que nada d’isso lá havia.

E eu não quero calumniar a boa gente da Azambuja. Que me não leam os taes, porque eu heide viver e morrer na fé de Boileau:

Rien n’est beau que le vrai.

Ja se diz ha muito anno que honra e proveito não cabem n’um sacco; eu digo que belleza