de Luxor, as árvores das Tulherias, a
columna da praça Vandomma, a magnificencia
heteroclyta da ’Magdalena’, e emfim sentir parar,
de uma soffreada magistral, os dois possantes
inglezes que nos trouxeram quasi de um folego
até ao ’boulevard de Gand’; ahi entreabrir mollemente
os olhos, levantando meio corpo dos regallados
cochins de seda, e dizer: ’Ah! estamos
em Tortoni... que delicia um sorvete com este
calor!’ — é seguramente, é dos prazeres maiores
d’este mundo, sente-se a gente viver; é meia
hora de existencia que vale dez annos de ser rei
em qualquer outra parte do mundo.
Pois acredite-me o leitor amigo, que sei alguma coisa dos sabores e dissabores d’este mundo, fie-se na minha palavra, que é de homem experimentado: o prazer de chegar por aquelle modo a Tortoni, o apear da elegante caleche balançada nas mais suaves mollas que fabricasse arte ingleza do puro aço de Suecia, não alcança, não se compara ao prazer e consolação de alma e corpo que eu senti ao apear-me de minha choiteira mula á porta do grande café do Cartaxo.
Fazem idea do que é o café do Cartaxo? Não