Página:Yayá Garcia.djvu/118

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mas o sentimento do vexame que experimentou, logo que dele teve notícia, honrava a delicadeza de seu coração.

Luís Garcia dera-se pressa em visitar o filho de Valéria. A entrevista desses dois homens, que o curso dos sucessos colocara em tão delicada situação, foi cordial, mas não expansiva. Jorge não achou Luís Garcia mais velho; era o mesmo. Não o achou também menos reservado que antes. A conversa, em começo não foi além dos fatos gerais; falaram da guerra e das vitórias. Jorge referiu alguns episódios, que o outro ouviu com interesse; e, como parecesse olvidar seus próprios feitos:

— Vejo que é modesto, observou Luís Garcia; felizmente lemos as folhas e as partes oficiais.

— Fiz o que pude, respondeu Jorge; era preciso vencer ou ser vencido. Que é feito de tanta gente que ainda não vi? continuou ele para desviar o assunto.

— Cada qual segue o seu destino. Meu sogro creio que já o visitou...

— Já.

— A propósito, deixe-me agradecer os benefícios que devo a sua mãe...

Jorge quis interrompê-lo com o gesto.

— Perdão; é meu dever, continuou Luís Garcia