Poesias (Zaluar)/13
POESIA XIII.
Até a propria esperança
Pelas fendas se escoou!
M. Leal-Junior — Suspiros d’Abril.
Era um lindo ramalhete
Tão mimosa cada flor!
Na belleza, nos aromas
Todas diziam — amor!
Amor! — Tambem as florinhas
Sentiram tormentos teus! —
E tão cazadas se amavam
Unidas por mão de Deus!
Mas veio o destino cruel
Tão doces laços quebrar!
E eu vi-as uma por uma
Tristes pender, — e murchar!
Assim da vida os encantos
O mundo me anniquilou!—
Folhas seccas;—e não flores, —
No meu peito conservou!

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