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Poesias (Zaluar)/16

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POESIA XVI.

 

 
O BRAZIL.
 
(FRAGMENTO).
 
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Imperio do Brazil!—A ti meus cantos
Quero vibrar nas cordas d’esta lyra,
Qual o cysne que á margem do Eurotas
Abrasado d’amor cantando expira!

 

Mas luminoso sonho! que visão é esta!
Não vejo eu lá nas portas do occidente
Surgir, — surgir uma cidade de ouro
Com diadema de luz resplandecente!

Não vejo nova Roma na grandeza
Na plaga Americana desdobrar
A vasta sombra do collosso immenso
Por sobre a terra, — e pelo vasto mar!

Não vejo no Imperio Brazileiro
Oh! já cumprida a benção do Senhor,
Fecundada a terra de seus filhos
Ao maná de seu verbo creador!

Não vejo essa aurora, que os poetas
Sonharam nos desertos do Levante!
Illuminar-lhe o cimo das montanhas,
Como a corôa do Cezar triumphante!

Não vejo alta columna gigantesca
Plantada no mundo qual pendão,
Que os povos encaminha, e lhes aponta
Da liberdade o facho, — e da razão!

 

Do Imperio do Brazil altos destinos
São canticos de gloria—de explendor!
Os archanjos escuto repetindo
Entre nuvens de mystico fulgor!

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