Página:O missionário.djvu/236

Wikisource, a biblioteca livre

vem tirar a sua dama? Tinha graça, saias com saias!

Os olhares apontaram para o Macário, numa corrente elétrica o riso disparou pelas bocas.

Macário quis responder com um desaforo àquele desacato, mas não valia a pena! o Manduquinha era um criançola a quem puxaria as orelhas na primeira ocasião.

Grave e digno, o sacristão afastou-se sem dizer palavra, e meteu-se pelo corredor. Um homem de sobrecasaca de brim branco, e chapéu de manilha na cabeça, passava sobraçando botijas de cerveja Bass. Era o dono da casa, o Bernardino Santana. Macário parou e cumprimentou.

- Oh, quem é você?

- Sou o Macário de Miranda Vale, sacristão da Matriz.

- Ah, meu filho me disse que havia convidado a você para espiar o baile. Que diz, hein? Está de arromba! Eu quis que tudo ficasse decente, por causa das más línguas. Tem muita cerveja, licor, vinho do