Mundo da Lua/67
Morrer.
O homem morre a varejo. A velhinha que visitei hoje, de sessenta e oito annos, está ha mezes na cama, morrendo. Morreu-lhe já a mocidade, morreu-lhe a vista, o ouvido agoniza a memoria e a intelligencia morrem aos centimetros. A carcassa que sobrevive á linda creatura que ella foi, é ella? Não. Apenas residuos, restos do que não morreu. Falta-lhe morrer o coração. A morte arrecada as vidas a varejo...
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Esta obra entrou em domínio público pela lei 9610 de 1998, Título III, Art. 41.
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