entre cujos beiços trombudos e revirados, sempre entre-abertos, alvejação dentes agudos e salientes como os do cão. Esta hedionda figura era a companheira fiel, a sultana favorita do illustre e poderoso chefe Joaquim Cassange, cujo gosto neste particular parece que não era dos mais apurados.
Enquanto o Zambi tomava caldo, a okaia favorita caximbava e cochilava. Estavão nesta interessante situação quando chegou Matheus, tendo a um lado Anselmo e ao outro Florinda, os quaes segurava pelo braço, e escoltado por mais dous companheiros.
— Licença, Zambi!...
Entra, malungo, com Deos e Nossa Senhora do Rosário.
Matheus avançou com seus dous prisioneiros, e inclinou-se profundamente diante do Zambi.
— Então, que diabo é isto, rapaz? gritou este. Que gente é essa, que você vem trazendo?... é branco?...
— Não, Zambi; é mulato. Esta é minha mulher que eu venho apresentar a Zambi, e pedir licença para ficar commigo no quilombo.
— Huuum! resmungou Cassange; está direito; e esse outro quem é?...
— Este, Zambi, não é mais do que pescoço para corda, carne para urubú.