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MEMORIAS DE UM NEGRO
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gee. Respondo, contrariando o proverbio “Quem quer vai, que não quer manda”, que não devemos fazer o que os outros fazem sem nós. A escola funcciona admiravelmente, ainda que um dos administradores se afaste. O pessoal conta oitenta e seis individuos, e o trabalho de cada um é feito de maneira que tudo roda bem, tal qual o machinismo dum relogio. Os professores, na maioria, aqui vivem ha muitos annos e têm o interesse que eu tenho. Na minha ausencia, o sr. Warren Logan, thesoureiro do instituto, preenche as funcções de director. Secundam-no a sra. Washington e o sr. Emmett J. Scott, meu fiel secretario, que se encarrega de parte da correspondencia e me communica, não só o que diz respeito á escola, mas tudo quanto se refere á raça negra. Ser-me-ia difficil mencionar os serviços que o sr. Scott nos tem prestado. Quer me ache em Tuskegee quer não, o trabalho é dirigido pelo conselho executivo, que se reune duas vezes por semana e é composto de nove pessoas, a cada uma das quaes se confiaram attribuições particulares. A sra. B. K. Bruce, por exemplo, viuva do senador Bruce, é directora do internato das moças. Alem do conselho executivo, temos a commissão de finanças, que determina as despesas que se devem fazer cada semana. Pelo menos uma vez por mez os professores discutem. Ha tambem reuniões de importancia menor, as das classes biblicas, as