Página:Poesias de Maria Adelaide Fernandes Prata offerecidas as senhoras portuenses (1859).pdf/180

Wikisource, a biblioteca livre
170
Sultão.
 

Zalinda! cruel Zalinda!
Déste a sentença fatal !..
Vae por termo á minha vida,
N'um momento este punhal!..

Tira o Sultão com rapidez o punhal e o crava no peito. Zalinda, gritando espavorida, corre ao principe, que está cahido sem acordo, e lhe tira do peito o punhal tinto de sangue ; acóde muita gente movida pelos seus brados, e vendo-a ainda com o punhal na mão, accusão-na de ter assassinado o Sultão. Zaira, amiga de Zalinda, que acudiu tambem, e que julga Zalinda incapaz de semelhante crime, aproxima-se d'ella, e Zalinda, vendo, que é accusada, cae desmaiada nos braços de Zaira.

Dous coros d'homens, e mulheres, vestidos á oriental, cantam acompanhados pela orquestra os versos seguintes: