Saltar para o conteúdo

A marcha do imigrante

Wikisource, a biblioteca livre

Louro imigrante, só a natureza
Te viu chegar pra trabalhar aqui
E o Gigante Vale,
com certeza se engalanou para esperar por ti.

Penso que a brisa acariciou faceira
Teu peito aberto ao sol do meu país
E a passarada te saudou fagueira
Cantou, por certo, pra te ver feliz

Com teu braço forte
Lutando com a morte
Mostrando coragem
Mostrando valor
De pele tostada
Na mão de uma enxada
Plantaste mensagens
De paz e amor

Não teve flores nunca o teu caminho
E nem teu céu foi sempre todo azul
Mas foi sincero, sempre, o teu carinho
Com a terra virgem dos rincões do sul

Da pátria antiga te restou saudade
Um novo mundo viu costumes teus
No coração que não poupou bondade
Na fronte erguida a se inspirar em Deus