— Vá lá! — e puxou a cadeira e a botija para junto do capelão.
Velho, honrado e leal amigo, Vasco da Cerveira Lobo, conde de Quadros e general dos meus exércitos. Eu El-Rei vos envio muito saudar. Não podeis imaginar o grande prazer que senti quando ouvi o vosso nome e o li escrito no final da vossa mais que todas preciosíssima carta.
— Fiem? — interrompeu o Cerveira.
— Muito bem — e prosseguiu lendo:
Muitas vezes me lembrou no desterro de onze anos o vosso nome, porque não podia esquecer o de um amigo que tão de perto conheci e tanto me acompanhou nas alegrias da minha mocidade.
— Eu não lhe disse, padre, que o rei e mais eu tínhamos feito pândegas rasgadas quando éramos rapazes?
— Sim, senhor, V. Exª tinha-mo dito.
— Ora aí tem, eu nunca minto. Ah! que bambochatas! — e recordava-se com os olhos num espasmo entre a saudade e as iniciativas da borracheira.