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estava no seu escritório a mulher do ministro!... ele ajeitou o nó da gravata e foi recebê-la à porta. Ela entrou logo, com o olhar repreensivo, o busto empertigado e um sorriso amigo na boca descorada. Atrás dela vinha a filha, muito espigada, mais alta que a mãe, com um arzinho petulantae no rosto claro, de feições miúdas.

– Seu mau! então é preciso que a gente o venha ver aqui?!

– Oh, minha senhora...

– Não se desculpe, nem me agradeça a visita.

Daí rompeu a falar, queixando-se de não ter o marido um minuto de descanso que lhe permitisse tratar dos seus negócios particulares, vendo-se ela na contingência de intervir, como fazia agora, a contragosto... Ia consultar o advogado e o amigo...

Argemiro agradeceu.

Enquanto a Pedrosa remexia na sua bolsinha de camurça, procurando um documento qualquer, o advogado olhou para a Sinhá, que não desviava o olhar de cima dele, numa expressão perturbadora, de mulher amorosa.

“Diabo!” – pensou ele consigo.

A consulta representava um pretexto. O negócio dispensaria a intervenção do advogado; todavia, a Pedrosa parecia não se importar de passar por estúpida; repetia as perguntas com uma dificuldade de compreeensão