Jacintho rio alegremente:
— Zé Fernandes, seria excessivo, só por causa de meia duzia de pêcegos, e d’um boião de dôce.
Assim riamos, quando appareceu, á volta da estrada, o longo muro da quinta dos Vellosos, e depois a capellinha de S. José de Sandofim. E immediatamente piquei para o largo, para a taverna do Tôrto, por causa d’aquelle vinhinho branco, que sempre, quando por ali a levo, a minha alma me pede. O meu Principe reprovou, indignado:
— Oh! Zé Fernandes, pois tu, a esta hora, depois d’almoço, vaes beber vinho branco?
— É um costumesinho antigo... Aqui á taverninha do Tôrto... um decilitrosinho... A almasinha assim m’o pede.
E paramos; eu gritei pelo Manoel, que appareceu, rebolando a sua grossa pansa, sobre as pernas tortas, com a infusa verde, e um copo.
— Dous copos, Tôrto amigo. Que aqui este cavalheiro tambem aprecia.
Depois d’um pallido protesto, o meu Principe tambem quiz, mirou o limpido e dourado vinho ao sol, provou, e esvasiou o copo, com delicia, e um estalinho de alto apreço.
— Delicioso vinho!... Hei de querer d’este vinho em Tormes... É perfeito.
— Hein? Fresquinho, leve, aromatico, alegrador,