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A casa de residência do governador, ou seu quartel, como diziam então pelo respeito ao elevado posto de capitão-general, ainda estava por aquela época na Rua da Cruz, que depois veio a ser Rua Direita, e ultimamente com o sestro em que deu a nossa vereança passou a Rua de 1º de Março.

Essa mania de mudar os nomes às ruas e pô-los à moda, é nada menos que uma barbaria e degradação igual à que se perpetrava com os antigos monumentos e quadros empastando-os de arrebiques à moderna. Em um caso, profanação da arte; em outro, profanação da história: dois relicários do coração humano.

Nas mudanças sucessivas por que passa o nome de uma parte da grande cidade, escreve o povo fluminense um capítulo da sua história íntima.