Página:Ao correr da pena.djvu/197

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Rio, 14 de janeiro

As sociedades em comandita, eis a questão do dia. O abecedário inteiro tem saído a campo; e cada letra é um novo campeão que desce à liça do combate.

Todas as armas têm sido tomadas. A lógica, o estudo profundo do objeto, a dialética de uma argumentação vigorosa, ressaltam nos primeiros artigos, publicados no Jornal do Comércio e assinados por duas iniciais, que, como todos sabem, denunciam uma das nossas capacidades, um dos espíritos mais bem organizados em matéria de jurisprudência.

Abrangendo a questão num ponto de vista largo e profundo, aqueles artigos desenvolveram a questão comanditária desde a sua verdadeira base até as últimas conseqüências do decreto de 13 de dezembro de 1850.

Há poucos dias um dos advogados mais distintos do nosso foro nos dizia, a respeito destes artigos, que poderiam ter sido escritos por ele: Não é um artigo de jornal, é um tratado.

No Correio Mercantil a questão tomou outra face; mas foi habilmente tratada. A pena que defendeu o ano passado o projeto de reforma judiciária, que se discutia na câmara, veio de novo à imprensa para sustentar o decreto do governo,