— Que lhe perdoareis a parte que tomou na trama urdida para a entrega da cidade.
— É grave; mas a mereceis, Estácio. Contanto que o velho Samuel deixe para sempre o Brasil.
— É justo. Esta noite vos entregarei a missiva do judeu.
— E por que não agora?
— Careço de tempo para buscá-la onde a ocultei. Quanto aos flamengos, partirei já para trazê-los à vossa presença; podeis fazer-me seguir por uma escolta.
— Sereis vós quem me seguireis, meu alferes de cavalos, disse D. Diogo erguendo-se.
— Não compreendo a Vossa Senhoria.
— É o começo da reparação, Estácio. D. Francisco de Aguilar, que teve não sei quais queixas do filho, veio solicitar-me ontem sua baixa, como um castigo que lhe queria infligir.
— Ah!...
— O posto vago achou em vós quem dignamente o servisse; partiremos ambos, sem guarda nem séquito, para Sapucaia.
— Às ordens de Vossa Senhoria!...
Estácio saiu do gabinete a esperar que D. Diogo