Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/247

Wikisource, a biblioteca livre

DOM JOAO VI NO BRAZIL 811

Como a Inglaterra segue comtudo invariavelmente a norma de defender quanto possivel os seus funccionarios no exterior e nunca os deixar a descoberto, lord Castlereagh accrescentava: "O abaixo assignado roga todavia ao conde de Palmella haja de certificar ao seu governo, que o go- verno de S. A. R. esta convencido, de que tudo o que o con sul de S. M. obrou n aquelle caso, foi mero effeito de um zelo mal entendido, para proteger a legitima propriedade e commercio dos vassallos de S. M. e que por nenhuma forma fora em razao de ser affeigoado aos insurgentes, ou de ter ma vontade ao governo de S. M. Fidelissima, o que am- plamente se prova pela sua correspondencia official."

Chegou Palmella a alcangar ( I ) , com sua insistencia amavel e graciosa persuasao, que os capitaes dos paquetes in- glezes (2) deixassem de admittir a bordo e transportar para Lisboa, exemplares do Correio Braziliense e do Portuguez que, a proposito da revol.ucao pernambucana, inseriam ar- tigos julgados sediciosos e publicavam verdadeiros libellos contra os Governadores do Reino de Portugal e Algarves (3). Assegurava Palmella na sua correspondencia official que obteria o mesmo com relagao ao Brazil, caso o quizes-

��(1 i Nota verbal d? lord Oastler- aga ao conde de Palmella, de 11 el-- Jul no do 1817, na Covrosp. de Londres (Arch, do Mm. das lid. Kxr.)

C2) Estabrh cida a linha como sabemos (vide Cap. sobre rela- (;ocs coninioviai si. \<<>v uina ^convim^ao especial entre as duas coroas, para d rf-Hvolvimonto das snas inuluas relagoes politicas e mercrntis.

(. !> ralinclla podira. coino um i>roc(>sso niais jivalico o (^xjiodito }iava a sua h^m.-ao. a 1 aculdadc dc solicitar coin cxito a oxpulsao do re- da dor do Portugues, em vex de cliamal-o a ivsponsabilidado ])erante os Iribuiiacs ])or dilTama-.-No. Lord Cast lcTeai>-li respondeu-llic poivm (inc. coiisultados os jurisconstilios i a con a. linliam estes ojMnado que as l.-is v; nao auctori/avam uma tal violencia administraliv.-!. a

qual scria vivamciilc atacada pela opposirao c alias inuiilixada p<da coHoca<:ao (!; um 9dbdito brilannico a frenl.e da ])ubliea(;ao como editor oatensivo on testa de fcrro. (^ota. d<^ 11 de Agosto de ISIT. ra Co: - resp. de Loiidres, no Ardi. do Min. das Itel. Ext.)

�� �