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DA MINHA ALMA.
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Não; choras o amor-perfeito,
Que junto a ti floresceu,
E balouçando se via
No argenteo espelho teu;
Estás saudosa carpindo
Esse amor, qu’era tão lindo!...

Em vão sua imagem buscas
No teu liquido crystal;
O furacão, que arrancou-te
O mimoso original,
Nem uma folha te deixa,
Que minore a tua queixa.

É por isso que, saudosa,
Qual triste lamentação,
Que sobre a campa do morto
Sólta afflicto coração,
Assim tu gemes, fontinha,
E suspiras, pobresinha.

Acaso possues um’alma,
Que lhe conheça o valor,
Tu que choras tão sentida