— Eu não sei senhor . . . .
Bebendo o ultimo gole foi pondo a mão no bolço e deu uma moeda de cinco tostões, muito loira, lusidia como uma esperança no berço.
A rapariga agradeceu com muitos Deuses lhe ajudem.
Com o cigarro na bocca Frederico passou á varanda querendo ver o jardim. Ouviu umas risadinhas atraz do paiol, e concluiu que seria por lá. Pouco depois appareceu D. Luzia para dar-lhe os bons dias.
Depois dos primeiros comprimentos elle disse :
— Bonita arvore aquella ; e apontou para os lados do paiol.
— E' verdade, é um angico.
— Ah! supponho até ser medicinal.
— Faz-se, pois não, um bom xarope para o peito : e querendo vamos até lá.
— Gosto muito de um jardim bem cultivado : disse elle acariciando os bigodes.
Logo que passaram o portão que dava entrada na horta ouviram uns gritosinhos aqui, outros alli. Eram as mulatinhas que jogavam agôa umas nas outras com o regador de repucho.
— Que é isto, gente ? — disse D. Luzia.
Umas ouvindo a voz da senhora puseram-se quietas; outras encolhidas atraz das arvores vieram chegando