pela maioria dos leitores? Não os julgarião inferiores a qualquer das imagens em voga, usadas na litteratura moderna?
Occorre-me um exemplo tirado deste livro. Guia, chamavão os indigenas, senhor do caminho, pyguara. A bellesa da expressão selvagem em sua traducção litteral e ethmologica, me parece bem saliente. Não dizião sabedor do caminho, embora tivessem termo proprio, couab porque essa frase não exprimiria a energia de seu pensamento. O caminho no estado selvagem não existe; não é cousa de saber. O caminho faz-se na occasião da marcha atravez da floresta ou do campo, e em certa direcção; aquelle que o tem e o dá, é realmente senhor do caminho.
Não é bonito? Não está ahi uma joia da poesia nacional?
Pois talvez haja quem prefira a expressão rei do caminho, embora os brasis não tivessem rei, nem idéa de tal instituição. Outros se inclinarão á palavra guia, como mais simples e natural em portuguez, embora não corresponda ao pensamento do selvagem.
Ora escrever um poema que devia alongar-se