Página:Marmores.pdf/128

Wikisource, a biblioteca livre
   92

Aos marinheiros que, no mar,
Temem as syrtes e os escolhos,
Dae-lhes a uncção dos vossos olhos,
Dae-lhe a uncção do vosso olhar.

Não peço glorias nem trophéus
Que as amarguras não compensam:
Apenas quero a vossa bençam,
Só, muito embora, ó Mãe de Deus,

O camponez não queira o buz
Dos vossos olhos e nem vol-o
Peça, mas peça um ferragoulo
Para combrir os hombros nús.

Ao miseravel que cahir,
Ao roto dae-lhes uma tira
Do vosso manto de saphyra
Para as feridas encobrir;